
Com algum atraso (para variar) chega ao nosso país Ondskan. Um interessante filme sobre a violência.
Andreas Wilson é Erik Ponti, um rapaz que exorcisa os problemas familiares que tem através da violência. Popular no seu liceu por, literalmente, espancar os seus colegas, Errik acaba por ser expulso e mandado pela mãe para um colégio interno.
Dentro do colégio as regras são impostas pelos alunos mais velhos, todos os outros têm de as seguir à risca, correndo o risco de sofrerem severos castigos caso não as cumpram. Aqui os papéis invertem-s e Erik passa de abusador a vítima. Com receio de ser expulso de novo e desapontar a sua mãe, que vendeu os seus bens para poder pagar o colégio, acaba por se submeter às violentas regras do colégio.
A dada altura começamos a perceber que Erik não é a pessoa cruel que aparentava. O mundo que o rodeia é que o tornou assim. Um pai abusador, uma sociedade, que no pós-2ª Grande Guerra, parece acostumada à violência como forma de punição para todos os males. Ele apenas quer ser deixado em paz e quando não o permitem ele utiliza a única realidade que conhece. A da força.
Erik tenta levar uma vida normal, constrói uma amizade forte com o seu colega de quarto, mantém uma relação secreta com uma funcionária do colégio e tenta contrariar a ideia de que tudo se resolve através da violência.
É neste ponto que Ondskan soma mais pontos. A sua mensagem contra uma sociedade que trata a violência com banalidade, como algo natural. Mesmo as pessoas com o poder acabam por compactuar com esta forma de agir. Isso é visível no colégio quando os professores conhecem a realidade e a ignoram, permitem que as regras construídas pelos alunos sejam mais válidas que o seu poder na instituição.
No geral este é um filme que se vê bem e com uma excelente interpretação por parte de Andreas Wilson. De negativo há a destacar alguns momentos redundantes, especialmente as constantes cenas de violência por parte dos alunos mais velhos, que nada acrescentam à ideia.

A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |
interessante. ultimamente houve temas recorrentes de violência. no crash focalizou os conflitos raciais. Neste, pelo que contas, lembra Rousseau e a sua máxima de que o homem nasce selvagem e puro, a sociedade é que o corrompe...bem não muito de interesse o meu coment, mas whatever.
abraço.